Legenda: Terra à vista! Por entre o céu enevoado, vislumbram-se os primeiros picos montanhosos da Islândia.
Legenda: O vento forte e gelado era uma constante no convés, intercalado com granizo, qual deles o mais desagradável...
Legenda: Hora de desembarcar. A imagem vale por mil descrições.
Legenda: A igreja local. A cor escolhida para as paredes enquadra-se lindamente na atmosfera circundante, como podem ver. Pelo menos, enquanto houver neve. Como nota à parte, a informação de que a religião oficial na Islandia é a religião cristã, através do seu ramo Protestante Luterano. Foi implantada por volta do ano 1000 D.C., na mesma altura em que se implantou de forma decisiva em todos os países escandinavos. No entanto, a religião pagã pré-cristã Ásatrú tem ganho popularidade nos últimos anos. Significa "verdadeiro aos Aesir" em norueguês arcaico.
Legenda: A escola local. Vista de fora, fica bem na fotografia.Mas seguramente, não tem muitos alunos. Creio que me devo ter cruzado, pelo menos de vista, com a quase totalidade dos habitantes da cidade. Mais uns dias, e talvez já os tratasse pelo nome.
Legenda: Uma das principais artérias da cidade. Uma coisa que estranhei foi ver pequenas árvores espalhadas pelas encostas circundantes, mas pelas suas dimensões reduzidas, por certo que plantadas recentemente. Só de olhar encosta acima, criava uma sensação um pouco desconfortável. Pelo que sei, a Islândia é um dos países que planta mais árvores anualmente per capita, e duas recentes tragédias em 1995, que reclamaram a vida de 34 pessoas, consciencializaram as autoridades locais da premência do problema e puseram mãos à obra. Reagir em vez de agir. Infelizmente.
Legenda: Um passeio sob um forte nevão. Eu sou o que caminha no lado direito da imagem. A temperatura indicada num placard por que passámos, marcava -6ºC.
Legenda: O rio que alimenta Seyðisfjörður. Em certas secções apresentava-se completamente gelado. Durante o passeio, devo confessar que tive o secreto desejo de me encontrar frente a frente com um urso polar (mas a uma respeitável distância), mas como eles não existem em estado selvagem na Islândia, tal foi impossível. De tempos a tempos, quando os Invernos são mais rigorosos, já têm chegado alguns em cima de icebergues até às costas da Islândia, mas são rapidamente devolvidos à procedência. A raposa é o predador de topo por estas paragens e, por razões óbvias, não existem répteis nem anfíbios e muito poucas espécies de insectos. Existem algumas renas em estado selvagem no norte, mas foram introduzidas recentemente. O resto da fauna é constituída principalmente por cerca de cem diferentes espécies de aves (88, para ser mais exacto), inúmeras espécies de peixe e por uma grande diversidade de mamíferos aquáticos. Em termos de vegetação, é principalmente rasteira e sem árvores de grande porte.
Legenda: E para além dos limites da cidade?!! Um deserto branco, esbatido na distância. Nada mais. A esmagadora maioria das localidades da ilha situam-se junto à costa, pois o interior é demasiado escarpado e inóspito para se viver. Relembro que a Islândia é um país de vulcões e glaciares, situado muito perto da Gronelândia. Qualquer das cidades edificadas por aqui é fruto do génio e da vontade humanas.
Legenda: A importância de uma boa observação... para os mais distraídos, trata-se de uma "gata das neves"!
Legenda: Sobranceiras a uma das encostas, treze letras iluminam a noite, tal qual "Hollywood". Visíveis de qualquer ponto da cidade. Especialmente à noite.
Legenda: Panorâmica da localidade e do intrépido aventureiro português! (o:
Legenda: Ei-lo... o Darth Vader português. Com suas negras vestes e seu capacete negro igualmente peculiar, é o terror da nossa galáxia.
Legenda: Nem tudo o que parece, é. A inscrição em primeiro plano e a cabine ao fundo distam 30 metros uma da outra. O caminho parece direito, verdade? Na verdade, existe uma ponte de madeira, invisível devido à neve acumulada. A ida decorreu sem problemas de maior, mas ao regressar, quando dei por mim, tinha neve até à cintura. Cómico, mas podia ter tido consequências piores do que ter ficado com as calças todas molhadas.
Legenda: Palavras para quê?!!!
Legenda: Ainda hoje estou para saber porque é que este poste de iluminação era de cor diferente dos outros.
Legenda: Achei muita piada a este aviso. Como vive tão pouca gente por estas paragens, não se podem dar ao luxo de perder clientes, pelo que se alguém quiser comprar algo numa loja e esta estiver encerrada, só tem que ligar para casa dos donos e eles vêm. Muito prático.
Legenda: Aspecto de Seyðisfjörður. Cercado de montanhas por três lados, é uma pequena e calma cidade com cerca de 700 habitantes, onde a vida segue um ritmo muito próprio. A chegada do barco da Smyril Line é um dos momentos altos da semana. Seguramente ninguém sofre do chamado stress das modernas cidades ocidentais por estas bandas.
Legenda: Adeus, Islândia. Até uma próxima vez.
Legenda: Peña no canto esquerdo da imagem, Arne ao centro e eu, do lado direito. Era hábito irmos para o convés admirar a paisagem, especialmente eu e o espanhol. Depois de dois dedos de conversa, de reter na retina as imagens, no coração as sensações e no corpinho o frio intenso, horas de voltar para baixo retemperar energias.
Legenda: O granizo fustivaga uma e outra vez o convés, como se pode ver pelo acumular de neve. Muito desagradável, especialmente quando atingia a cara. O vento por vezes soprava tão intenso que era necessário estar agarrado a qualquer coisa. Não faltou muito para perder o meu gorro borda fora.
Legenda: A vida a bordo. Rocio, de Espanha, à esquerda, eu ao centro e Juliana, da Alemanha, à direita. Como podem ver, era um quarto com 4 beliches, casa-de-banho, roupeiro, um pequeno frigorífico e tv. Tendo em conta que pagámos cerca de 1000 NKr pelo bilhete (cerca de 100€), eu diria que ficámos muito bem instalados. Aliás, o barco tinha boas condições e diversas áreas de lazer para descanso e diversão. Só me desagradou terem as saunas e a piscina encerradas, como sucede amiúde no Inverno, por estas paragens. Já vou estando habituado ao famoso: "Stengt for vinteren". Ou seja, fechado no Inverno. Mas o que é que eu hei-de fazer? Se entro à força, vou preso...
As ilhas Faroés são uma região autónoma do Reino da Dinamarca desde o ano de 1948. Anteriormente fizeram parte do Reino Noruega/Dinamarca, mas com a anexação da Noruega pelo rei da Suécia em 1814, tornaram-se dependentes apenas da Dinamarca. Possuem governo próprio, emissão de moeda (as notas locais têm motivos ligados à natureza e as moedas que circulam são as coroas Dinamarquesas), selecção nacional de futebol (criada recentemente), à semelhança de qualquer nação independente, mas os seus soberanos continuam a ser os reis da Dinamarca. Também as relações exteriores, a defesa e o sistema judicial continuam a ser administrados a partir de Copenhaga. Tudo o resto, é administrado a partir de Torshavn. A moeda utilizada é a coroa Faroesa, que circula a par com a coroa Dinamarquesa. Ambas possuem valor equivalente. O custo de vida é um pouco elevado, mais a mais, que a maioria dos bens têm de ser importados.
Legenda: Dezoito ilhas formam um singular arquipélago, desconhecido ainda por muitos. Situa-se a noroeste da Escócia, a meio caminho entre a Noruega e a Islândia, tendo por esse motivo, servido de apoio na expansão viking pelo Atlântico Norte. A capital, Torshavn, situa-se na ilha de maiores dimensões, chamada Streymoy. Do sopé das suas colinas, é possível avistar os picos gelados de algumas das ilhas circundantes.
Legenda: As ilhas Faroés na linha de horizonte. O arquipélago compreende 18 ilhas, mas desconheço de qual se tratava. Nesta altura o barco ainda se encontrava a cerca de uma hora de distância de Torshavn.
Legenda: Vista da cidade de Torshavn, capital da região autónoma das ilhas Faroés. Possui cerca de 16000 habitantes, cerca de um terço dos residentes no arquipélago. Uma cidade em nada inferior a muitas existentes no continente.
Legenda: As heroínas da história. São elas que dão o nome ao arquipélago, como já referi acima.
Legenda: Uma igreja algo invulgar, pelas suas linhas arquitectónicas singulares. O seu aspecto compacto é facilmente identificável à distância e é um bom marco de referência para quem circula pela cidade. A entrada da igreja situa-se no lado oposto ao mostrado pela imagem. Existe um pequeno jardim, um pequeno lago e aquilo que me pareceu ser uma pequena estátua evocativa da conversão da população local ao cristianismo. Um guerreiro viking, de espada embainhada e braços abertos em forma de cruz.
Legenda: Encontram-se as coisas mais estranhas nos locais mais improváveis. Sem comentários...
Legenda: Outra foto do porto, sob outra perspectiva. Apesar de existirem manchas de combustível e muito entulho sob a água, ainda assim, fiquei surpreendido com a limpídez desta. Sem grandes dificuldades avistei vários peixes sob o calado das embarcações, inclusivé um linguado, cujos contornos notei de imediato no fundo arenoso.
Legenda: Estas casas de madeira respeitam a traça original que data do período Viking. O mais peculiar nelas são os telhados feitos de turfa e erva. Existem bastantes no centro histórico de Torshavn, mas também encontrei telhados semelhantes em alguns edifícios públicos e escolas. Não sei até que ponto são funcionais, mas que são bastante estéticos, lá isso são.
Legenda: Torshavn fica para trás. Luzes de civilização testemunhando o génio humano de erguer alicerces nos locais mais improváveis.
Legenda: À medida que o barco se aproximava da Noruega, foi possível avistar inúmeras plataformas petrolíferas ainda em mar-alto. Contei mais de 30, mas por certo havia muitas mais. O barco passou sempre a alguma distância, mas a espaços, era possível avistar várias em simultâneo. São a fonte de riqueza primária da Noruega e uma das razões porque figuraram em primeiro lugar entre todas as nações do mundo em 2006, no ranking de desenvolvimento humano. Mas, estranhamente, a gasolina não é assim tão barata quanto isso.
Legenda: A costa, finalmente. Magnífico contraste de azuis. Entre o azul do céu e o azul do mar, escolho o segundo.
Legenda: A bandeira da Noruega aos caprichos do vento.
Legenda: A prevalência de casas individuais, mescladas na paisagem, são uma das imagens de marca da Noruega. Aqui não há lugar para arranha-céus!!
Legenda: Bergen à vista!!!
Legenda: Após tantas horas a bordo, o merecido descanso. Com vôo de regresso a Trondheim marcado para o dia seguinte. À esquerda na imagem, é possível observar o HMS Northumberland, uma fragata britânica que se encontrava de visita à cidade. Não muito grande (classe 23), mas possuía inclusive um pequeno hangar onde vislumbrei de relançe pelo menos dois helicópteros. Daqueles articulados para ocuparem menos espaço. Mas igualmente letais.
Legenda: Perdido nos meus pensamentos. Infelizmente, a paisagem atrás não é real, mas uma das muitas ampliações de imagens espalhadas pelo barco. Truques fotográficos que resultam sempre muito bem. Enfim, podia dar-nos para pior...
6 comentários:
Hei Pedro!
I found how to add a comment - I'm proud ;))
Really nice pictures from Iceland! I hope you had a nice time with the other assistents there. I'd like to go there, too, some day later in my life...
And well, I understood one of you comments, the one with Darth Vader :)))
I hope you enjoy your time and hopefully we'll meet again some time!
Bye,
Lydia
Simplesmente espectacular!!!
Adorei conhecer um pouco da paisagem, cultura e afins dessa terra distante que é a Islândia.
Não só pela terra, mas também pelos comentários sempre oportunos, astutos e com uma ponta de humor;-) que te caracterizam, my brother!
Beijo Gaaaaaaaaaaade e saudades sem tamanho!
Sonhos. De descobertas, experiencias, conhecimento.
Tentar tirar o curso de oficial da marinha um meio...
Tocam. Mexem e rexem fundo, a tempos longínquos.
Voltarei, para tentar comentar esta sua mais-valia de vida.
Até lá! *
Olá! Gostei muito de acompanhar esta viagem! Obrigada! Bem hajas!
Thanks :)
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