segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Beneath blue skies of sorrow

Este foi o segundo poema que fiz por aqui. Também em inglês. Escrever para mim é, por vezes, como que uma forma de aliviar tensões interiores, e outras, um acto de puro prazer. Depende de muitos imponderáveis. Escrever umas palavras e vê-las crescer até à maioridade e tomar forma no todo, onde aí e apenas aí tomam o sentido pretendido por aquele que escreve, é sempre um acto de gratidão destas para com o seu autor: "Obrigado por te teres lembrado de mim". Que eu agradeço e devolvo com o mesmo carinho no texto seguinte.


Beneath blue skies of sorrow 06-11-05

Ten thousand miles apart
Lie angels and demons, beasts and men of god
Scared of purple waves, afraid of deep dark caves
Rulers of the netherworld, masters of the silent violence
Eyes made black by greed
Hands made red by need
Feet made white by might
Deeds made bright by light
Heads made yellow by mellow
Hearts made hollow by sorrow
Their vests engraved by mythical arts
Venomous snakes coming out to surface
Birds of paradise vanishing in the depths of earth
A dead man looking at you
His pale face reflecting his fatal fate
Nesting inside his chest are the worms of desire
Legions of them pile at the borders of your sanity
Made strong by your weaknesses
Guess who’s coming for dinner tonight
Look at the markings in the wall
Seems like claws, no one can tell for sure…
Impressive footprints of anger
Deeper, are the markings in your soul
Embedded in your veins, depleted of oxygen
Are the never born sons
Defective toys you could have fun with
Once you climb that tree that was once a seed…
Imagine you could climb on to the back of an eagle
And ride it across the oceans, hawk eyes laid in the horizon
Imagine you could be a child again
Looking back in time
Ten thousand miles apart.


Autor: Pedro Luís Laima Bicho

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Vassfjellet: a minha queda para o esqui e o snowboarding

Legenda: Dos portões da catedral de Nidaros, é possível observar uma linha recta, segundo as técnicas modernas de arquitectura, como é o caso da nossa baixa Lisboeta, também ela vítima de destruição em larga escala do seu centro histórico. A meio caminho, a praça central da cidade e, ao fundo, Munkenholm, uma pequena ilha anteriormente convento, prisão e fortaleza. A cidade foi quase totalmente reconstruída após o grande fogo de 1681, que destruiu quase por completo a cidade. Os trabalhos de reconstrução estiveram a cargo do general Von Cicignon.

Legenda: Aspecto de Vassfjellet, uma estância de esqui somente a 8kms de Trondheim, acessível desde Munkegate por autocarro de hora a hora. Possui excelentes infraestruturas para snowboard e esqui alpino. À noite também se pode utilizar. Os preços são caros, para variar: para utilizar os "go carts on skis", ou seja, os elevadores para levar ao topo das colinas, é necessário comprar um bilhete, variando o preço consoante o tempo de utilização. No meu caso, paguei a módica quantia de 200 NKr.

Legenda: No local, decorria uma competição de snowboarding. Algumas manobras mais arrojadas até causavam arrepios. Não sou eu na foto. (o:

Legenda: Snowboarding. O antes.

Legenda: E o depois.

Legenda: Esqui. O antes.
Legenda: E o depois.
No global, a ida ao Vassfjellet é uma experiência muito interessante de concretizar e mesmo que não se domine muito bem os desportos de Inverno, como é o meu caso, a certeza de passar um dia bem divertido é garantida. Cada queda é um ensinamento para o futuro e é como tal que deve ser encarada. Eu nunca desanimei, bem pelo contrário. E se caí tanta vez, foi porque tentei fazer "downhill" sem dominar bem as técnicas de travagem e desaceleração. Sempre que começava a ganhar muita embalagem, achava mais prudente deixar-me cair para não me arrepender depois. E desde já, um aviso à navagação: é mais cansativo do que parece. Dispende-se muita energia nas travagens e mudanças de direcção. E o que se faz com dois pés, não se faz nem com esquis nem com a prancha de snowboarding.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Ao vivo e a cores desde Trondheim

O que posso dizer sobre a minha vida por aqui? Bem, como acontece em todo o lado, cedo se estabelecem rotinas e hábitos. Eu já tenho a minha porção deles. Que vou tentando sistematicamente quebrar uma e outra vez...
Sempre que posso, parto nas minhas viagens exploratórias pela cidade e arredores (com a ajuda da minha inestimável bicicleta), mas normalmente é nos fins-de-semana que tenho mais tempo livre para visitar pontos de interesse, museus, monumentos, passear pelo centro ou sair com amigos e ter alguns momentos de lazer.
Nestes dias tem nevado bastante e, descontando o frio, é muito agradável atravessar as ruas cobertas de neve. Umas vezes andando, outras de bicicleta. Tornei-me um ás a andar de bicicleta na neve por aqui!
Legenda: Pirbadet, a melhor piscina onde já estive. Tem escorregas, saunas, jacuzzis, banhos de vapor, piscinas de ondas, para crianças, para aérobica, saltos e de treino. É um complexo muito grande e com muitos motivos de interesse. O único senão, é o preço: 105 NKr, já com desconto incluído.

















Legenda: Uma vista do Pirterminalem, onde os ferries aportam. Fora da imagem, à minha esquerda, Munkenholm, uma pitoresca ilhota visitável apenas a partir de Maio e à minha direita (também fora da imagem), uma estátua de Leif Eriksson, que para muitos historiadores, terá sido o primeiro europeu por terras americanas, muitos anos atrás. Claro que os primeiros terão sido os povos indígenas, quando uns milhares de anos atrás atravessaram uma língua de terra ligando a Ásia à América, mas enfim...









Legenda: Eu no meu quarto. Pequeno, mas muito confortável. É o meu cantinho português.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Love Birds

Dia 23 de Outubro de 2006 cheguei a Trondheim, na Noruega, onde me encontro presentemente, a exercer funções de assistente linguístico, por intermédio do Programa Europeu Sócrates/Comenius. Este é o primeiro poema que escrevi por estas paragens. Em Inglês, pois para além dos desígnios misteriosos da mente humana, essa é a língua de trabalho primária que utilizo no dia-a-dia. Intitula-se "Love Birds".
Love birds 06-11-04

Long are the nights of the far north
Can you listen to the sound of silence?
Short are the beats of human hearts
Warm, its sound
Cold is the snow hanging on the tree tops
Dark, the smoke coming out of long forgotten chimneys
Bright are the beats of human hearts
Close, its sound
Distant are the stars hanging out in the sky
And immense is this world in which love birds travel
Have you ever heard of such birds?
Beautiful birds, they are…
They come from distant shores; far, far away in the distance
Hearts filled with hope
Crossing the seven seas in search of the unexplainable
High up in the sky, they dream…
They dream of places where they long to be
Expanding their gracious feathers, stretching their muscles
Majestic travellers carried away by their wings of oblivion
Wings that fly the horizon on an epic journey
Fly away, little birds…
Meet the creatures of the skies
Learn about the cloud that cries
Find the burning flame that never dies
Tell me, have you ever seen a love bird?
Search your heart for signs of one
They’re hard to find, but if you ever discover that sacred place
Where they rest since the dawn of times
Listen to their songs and touch their souls
Then you’ll see that they are for real
In their tiny little hearts, promises of eternal love
Waiting for you…
Autor: Pedro Luís Laima Bicho.

domingo, 14 de janeiro de 2007

Lançamento da nave espacial Voyager


Todas as naves espaciais têm um propósito. Esta nave não é diferente. Com o tempo, à medida que se afasta dos limites do mundo conhecido, a Voyager irá tentar relatar aquilo que os seus sensores electrónicos captam ao seu redor. A informação recolhida procurará ser o mais diversificada possível, uma vez que a complexidade do universo apenas nos permite entender uma reduzida fracção da sua essência.



Viagens ao passado são possíveis e autorizadas. Introspecções ao futuro também são possíveis, mas necessitam de cuidado extra, pois poderemos estar a condicionar o futuro, ao fazer visitas exploratórias a este. Se realmente as estrelas existem em número infinito, então há muito espaço por desbravar e pouco tempo a perder. A viagem deve começar.
Legenda: Lançamento iniciado.

Espero que a viagem seja divertida. Todas as viagens o são. Espero que a viagem seja enriquecedora. Todas as viagens o são. Espero que esta viagem seja o prelúdio de novas viagens. Todas o podem ser. E, tal como outrora, dar a conhecer novas gentes e novos mundos a este mundo, ainda tão desconhecido e desconhecedor dos muitos mistérios que encerra dentro de si. Essa é a tarefa primária de todos os viajantes. Descobrir e dar a conhecer.

Autor: Pedro Luís Laima Bicho.